palestra-palestra: FODA (frankenstein), 2018
palestra-performance, pele de látex e vídeo
20’00’’
A palestra-performance Frankenstein toma a ideia da construção do corpo a partir de fragmentos para elaborar reflexões sobre as condições ideais de beleza e o desenho de si (self-design), tal como proposto por Boris Groys. A fala é formada por fragmentos de textos apropriados, que variam de um dialogo de Sócrates no século IV a.C. até textos de Paul B. Preciado e Donna Haraway, passando por trechos jornalísticos e o romance gótico de Mary Shelley. Dessa maneira, os estilos de discurso se alteram com frequência, ora assumem um tom académico ora a firmeza de um manifesto contemporâneo. A aproximação ruidosa desses textos é confrontada ainda com um vídeo que não corresponde diretamente com os momentos da fala, mas cria um arcabouço de imagens a cerca dessas construções dos corpos. O vídeo tem como pano de fundo as narrativas dos filmes de Frankenstein, principalmente o filme de Paul Morissey, Flesh for Frankenstein, mas somam-se à essas imagens um concurso da Barbie brasileira, apresentações de Arnold Schwarzenegger e o Robocop, por exemplo.
Essa performance fez parte de um conjunto de palestras que o grupo Depois do Fim da Arte apresentou na VERBO (2018). As apresentações tinham como ponto de partida comum a temática da sexualidade, foram divididas em quatro, a saber, corpo, trabalho, arquitetura e coisa.
Fotografias: Eduardo Fraipoint